segunda-feira, 2 de maio de 2011

Simulador da CPTM deve reduzir tempo de formação de condutores



Dois novos simuladores de trens comprados pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) irão possibilitar a reciclagem dos 1.400 condutores da empresa e a redução em 50% no tempo de formação de novos profissionais. Com tecnologia de ponta, os equipamentos simulam a cabine de um trem com seus comandos e paineis, e contam com um telão que reproduz as imagens que seriam vistas pelo condutor em seu trabalho – a linha do trem, as plataformas, passageiros e até as paisagens.
Pelo simulador, os atuais condutores e também jovens em formação podem ter acesso a todos os tipos de trens que são utilizados pela CPTM, além de situações como defeitos nos trens, erros, mudanças climáticas, lotações diferentes e outros problemas.
Os equipamentos foram apresentados pela companhia na manhã desta segunda-feira (2). Segundo o secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, cada simulador custou cerca de R$ 10 milhões. O secretário acredita que o investimento se pagará em dois anos.
Atuais condutores também irão passar por treinamento no equipamento (Foto: Juliana Cardilli/G1)Atuais condutores também irão passar por
treinamento (Foto: Juliana Cardilli/G1)
“Hoje você formar um jovem que não tem nenhum conhecimento até o momento em que ele possa de fato pegar um trem, com a responsabilidade que isso induz, são cerca de dois anos. Todas as experiências feitas reduzem esse prazo para a metade do tempo [com o simulador]. É redução de custos também naqueles erros que eventualmente seriam cometidos na prática. Digamos que cai um objeto na plataforma, há uma queda de energia, falha no ar condicionado, falha em uma porta. Todos esses problemas são apresentados aqui, e ele é treinado aqui”, disse Fernandes.
As imagens apresentadas durante a simulação são reais e foram filmadas ao longo das linhas da CPTM. O processo de obtenção das imagens, digitalização e inserção no software durou dois anos. “É de uma realidade tão grande que nós filmamos também passageiros na plataforma, o comportamento do passageiro também é real. Tem o passageiro que sobe rápido, que é lento, com mochila”, disse o secretário.

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